Álbum de família

Dia desses parei e olhei os álbuns guardados no armário da minha mãe. Revi fotos de quando era bebê e, percebi os olhos dos meus pais e familiares brilhando nas fotos. Comecei a pensar de como é emocionante ter o seu grãozinho no seu colo. Sei que para os meus pais não foi diferente. Ainda hoje é notável a emoção que eles contam do meu nascimento, das preocupações que dei, as gracinhas que já fiz e dos poucos sustos que também já dei. Com essa mesma emoção, ou até maior, que eles vibram, hoje, depois de 22 anos, com cada nova fase da minha vida, com minhas conquistas. Talvez eles nem saibam, mas a garra que eles transmitem e a vontade que eles têm de que eu evolua cada vez mais, é a minha motivação. Pode nem tá muito aflorada, mas começo trabalhando dentro de mim e serei o orgulho deles.

Sempre digo que foto tem que ter significado, emoção. Todos os álbuns da minha casa passam muita emoção. Claro, pra mim, que vivi aquilo com toda intensidade sem nem saber o que tal significava. Simplesmente me afundava mais e mais naquele posso de amor, de união.

Quando minha irmã do meio estava para nascer, minha mãe conta que passou pelo meu quarto e me viu dormindo, disse que tinha muito medo de deixar a filhinha dela, medo de não voltar. No dia que ela voltou para casa, com minha irmã no colo, foi trocar a fralda das duas e ali, ela conta que percebeu que eu já não era mais um bebê. Minha irmã era toda pequenininha e eu gigante.

Tem fotos de nós duas e histórias bem engraçadinhas. Eu como mais velha, tenho que cuidar e sempre ouvir isso da minha mãe. Sempre fui muito independente, pra provar que isso é desde pequena, uma vez vestir o meu biquíni e não achei por menos vestir a minha irmã também. Peguei na mão dela e fui descendo as escadas do prédio. Criança realmente ‘cega’ um. (risos)

Sorte que a babá ia chegando, olhou e achou estranho, chegando em casa e perguntando a minha mãe se tinha deixado aquilo. Graças a minha mãezinha eu não afoguei minha irmã. (risos)

Depois que a mais nova nasceu a nossa família tava completa, a ultima Ivana tinha chegado. E o meu ciúme também. Eu ficava embaixo do berço da mais nova e ainda levava a do meio junto, chutando a caçulinha e, minha mãe ficava enlouquecida.

Fomos crescendo, e cada foto de cada fase é uma grande emoção. Fico muito emocionada quando revejo os álbuns da minha casa, sinto saudade das minhas férias na casa de praia com meus primos, na ‘chácara da vovó’.

O tempo passa a lembranças ficam e a emoção aumenta.

Há um ano o álbum da nossa família aumentou, chegou o nosso anjinho, que hoje multiplicamos todo amor de uma grande historia construída e damos todo para ele, o meu sobrinho, nosso João.

As fotos de um ano pra cá eu percebi o brilho em dobro nos olhos dos meus pais, uns avós ‘babões’, fato. Um serzinho que nasce do grão deles. Dar para imaginar o que devem sentir. Nos olhos da minha irmã, um sentimento que não da para explicar, ela é a mãe, é a mesma coisa que olhar foto da minha mãe com nós três no colo. Nos meus olhos e nos da minha irmã mais nova, devemos passar a nossa felicidade sem fim, o nosso amor também inexplicável.

Assim fica a nossa grande família, sempre com muito amor (do nosso jeito), ternura, cuidado, união. Além dos nossos momentos serem registrados em fotos, temos cada momento gravado em nossos corações.

A vocês, minha mãe, meu pai, Karol, Karine e João, todo o meu amor. Obrigada por fazerem me emocionar sempre que vejo nossas fotos, sempre que sentamos para falar da nossa história, sempre que nos reunimos para presenciar alguma outra gracinha do nosso João Victor, por tudo que sou graças a vocês, meu equilíbrio.

O prazer e o orgulho que tenho de sermos partes uns dos outros é o que me motiva.

Amo muito vocês, minha família!