quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Descartável

Sofrimento, provas da hipocrisia e falta de respeito, da falta de consideração, tudo ali, ao alcance dos olhos. Daí eu me pergunto: não enxerga por que não quer, ou o amor cega assim ?

Queria saber se o amor realmente prende esses maus tratos. Porque eu luto e digo que não. Com certeza amor nenhum prende a falta de respeito, a molecagem. Fico angustiada e me sinto impotente vendo a falta de respeito no relacionamento de pessoas próximas, como que eles levam isso adiante? O amor é um sentimento maravilhoso, mas como eles deixam chegar nesse grau ridículo?

Não motivam o amor com o cuidado e o carinho não. Motivam com gritos, com ofensas, como se o amor fosse um objeto descartável.

Hoje em dia amam por conveniência, por ‘ter’ que ter alguém ao lado, pra manter um status para sociedade. Não pensam mais no bem estar, na troca. É raridade hoje em dia.

Sempre que escuto minha avó falar do começo do namoro dela com o meu avô (que estão juntos até hoje) e vejo que coisa maravilhosa, tratavam o amor como algo precioso (que é), cuidava do amor, do parceiro, sonhavam juntos, concretizaram objetivo e com certeza se não houvesse o amor e o respeito (que eles ainda têm), parte da longa vida deles não teria sentido e nem acontecido (não da forma que aconteceu).

O amor de hoje é como entrar na internet e abreviar todas as palavras, é óbvio, é corrido, fala de amor quando necessário e quase sempre não é real. São só palavras, jogadas, abreviadas.

Claro que ainda encontramos por aí alguns que amam com a alma, que amam a moda antiga (faço parte desse clã, me sinto parte). Minha vontade é de falar, é saber explicar sobre o meu conceito de amor e a minha forma de amar. E garanto: não amo desse jeito.

Amo intensamente tudo que tenho para amar, respeito tudo e todos. Dou tempo a minha dor, a minha felicidade. Não passo por cima dos meus sentimentos, não me engano. Amo! Vivo!

Não banalizo o que, infelizmente, alguns (grande parte) banalizam.

Um comentário:

Suely Bomfim disse...

Katá, o amor é uma escolha, você vive tentando desatar nós para fazer laços. Esse sentimento tão puro jamais pode ser sinônimo de sofrimento, são distintos. Mas apartir do momento que você escolhe vivenciar o amor tudo fica diferente, o universo rege de outra forma, e o amor que falo aqui não é só entre homem x mulher, é o amor entre pai x filho,irmãs, amigas, não é uma tarefa fácil, nem pode ser resolvida com varinha de condão, tem que ter sabedoria para recuar ou avançar na hora certa, é deixar o coração sempre aberto para entender a leitura da vida.
Não se pode ter medo de amar, porque "Não é digno saborear o mel aquele que se afasta da colméia, por medo das picadas das abelhas".
Bjs,
Sua tia:
Suely Bomfim